Vidrarias de laboratório são, em sua maioria, instrumentos que visam permitir e facilitar a prática de experimentos.
São fabricadas principalmente em vidro temperado, mas podem ainda ser confeccionadas em plástico, porcelana ou em metal. Podem possuir medidas precisas como no caso das vidrarias volumétricas, medidas aproximadas, no caso das vidrarias graduadas ou ainda serem apenas auxiliares durante uma análise.
Vidrarias confeccionadas em porcelana apresentam maior resistência térmica e física que vidrarias confeccionadas em vidro e plásticos. Possuem formas e usos distintos, mas geralmente associados a resistência a pressões negativas, resistência a elevadas temperaturas e resistência a choques mecânicos.
Descrição:
Material confeccionado em porcelana, possui formato similar a um prato com as bordas mais arredondadas e elevadas, e um pequeno bico. Apesar de possuir boa resistência a elevadas temperaturas, não possui muita resistência mecânica. Seu interior é liso. A parte externa pode ser lisa ou porosa.
Sinônimo:
Cápsula de evaporação
Aplicação:
Utilizado para secagem/evaporação de materiais, amostras e reagentes.
Como utilizar:
Observe a integridade do material antes do uso, cápsulas com rachaduras e pequenas fissuras devem ser descartados pois podem aumentar com a variação de temperaturas durante as análises. As cápsulas possuem diferentes tamanhos, observar o tamanho adequado para sua análise, visando evitar a perda de material durante o procedimento de secagem. Nunca ultrapassar 2/3 do volume total do cadinho, pois a temperaturas superiores a temperatura de ebulição e fusão dos compostos podem ocorrer respingos para fora do recipiente. Para identificar o material, utilize lápis de grafite e identifique-o na parte porosa da porcelana (na maioria das vezes, na parte de baixo. Algumas capsulas possuem uma faixa porosa ao redor, permitindo a identificação em local visível). Ao removê-lo de estufas ou do contato direto à chama, não apoie a cápsula sobre superfícies frias, de forma a evitar choques térmicos e possíveis quebras. Ao remover a cápsula de muflas, em temperaturas superiores a 300°C, se possível aguarde o resfriamento prévio do material dentro da mufla, e remova-o apenas quando a mufla acusar temperatura inferior a 300°C, evitando o choque térmico devido a correntes de ar mais frias. Após digestões ácidas (abertura de amostras), sempre verifique a integridade do material antes de iniciar nova análise.
Variações comuns:
Variam em relação ao tamanho, e abrangem capacidades entre 10 mL (40 mm de diâmetro) e 3L (300 mm de diâmetro).
Limpeza:
Proceder limpeza com água e sabão em água corrente, com posterior enxágue em água destilada. Se necessário utilizar soluções de limpeza específicas. Pode ser seco a temperatura ambiente ou em estufa. Após abertura de amostras, é recomendada a lavagem com KOH alcoólico, visando a neutralização de ácidos.
EPI's e cuidados de segurança:
Cuidado ao manusear vidraria quente. Utilize sempre uma tenaz como auxiliar de análise. Cuidado com choques térmicos, embora suportem elevadas temperaturas, apresentam baixa resistência mecânica. Utilizar EPI conforme recomendação da análise. Sempre verifique a integridade física da vidraria antes do uso. Vidrarias com fissuras ou rachaduras devem ser descartadas. Havendo necessidade de descarte, observe o item "Cuidados Gerais".
Cuidados Gerais:
Caso ocorra a quebra do material de porcelana, não descarte os cacos no descarte de vidro quebrado. Recolha, cuidadosamente os cacos e entregue a um responsável pelo laboratório. Os cacos de porcelana são utilizados visando o abrandamento da formação de bolhas e permitem a melhor homogeneização durante a ebulição de soluções e execução de diversas análises. Devido a porosidade da porcelana, uma limpeza anterior a análise é requerida, visto que nestes casos a mesma entrará em contato direto com a amostra. Para realizar a limpeza dos cacos de porcelana antes de colocá-los em uso, acomode-os em um béquer, e cubra-os com solução de limpeza, e submeta a sonicação no ultrassom, sem aquecimento por no mínimo 20 minutos. A solução de limpeza a ser utilizada vai depender da sujidade que encontrava-se a porcelana e da análise que irá se realizar. Para limpeza simples, utilize detergente neutro diluído na água. Para uma sujidade mais persistente, utilize álcool etílico 92°GL ou superior. Para remoção de matéria orgânica, utilize peróxido de hidrogênio entre 20 % e 30%. Para posterior utilização em análises de óleos e graxas, lipídios e afins, realize a limpeza com solvente desengordurante que será utilizado para extração (hexano, éter, etc.), neste caso, utilize uma tampa no béquer durante a sonicação, ou pode também substituí-lo por um frasco reagente com boca larga. Para análises com digestão ácida, lavar os cacos de porcelana com solução de ácido nítrico, ou sulfúrico, ou clorídrico, a 0,1 M.