Vidrarias > Buretas

   Vidrarias de laboratório são, em sua maioria, instrumentos que visam permitir e facilitar a prática de experimentos.
   São fabricadas principalmente em vidro temperado, mas podem ainda ser confeccionadas em plástico, porcelana ou em metal. Podem possuir medidas precisas como no caso das vidrarias volumétricas, medidas aproximadas, no caso das vidrarias graduadas ou ainda serem apenas auxiliares durante uma análise.


GRUPO: Buretas


          Buretas são instrumentos utilizados para medição de volumes precisos. Amplamente utilizado para titulações químicas. Podem ser clássicas, confeccionadas em vidro translúcido ou âmbar, com graduação; automática, com o preenchimento automático após cada titulação ou ainda digital (eletrônica).





SUB-GRUPO: Bureta

image-1

Clique na imagem para ampliar.

image-1

click para ampliar


Descrição:

          Material de formato cilíndrico, com a ponta afilada. Apresenta um bocal para inserção de líquidos e uma torneira para controlar a dispensa do mesmo. O Vidro pode ser translúcido, para titulações em geral, ou âmbar, para compostos fotossensíveis. O bocal de inserção de líquidos pode ser mais largo que o diâmetro do corpo, para facilitar seu preenchimento, ou pode ainda ser de diâmetro igual, neste caso, a bureta deve ser preenchida com auxílio de um funil.

          Apresenta graduação ao longo do corpo, apresentando variações da mesma, com precisão que varia entre 1 mL, 0,1 mL e 0,01 mL. A torneira pode ser de vidro, esmerilhado ou de teflon.

Aplicação:

          Titulações químicas em geral (análises titulométricas). Pode ser utilizado ainda como forma de medição de alíquotas de líquidos, sendo este, menos usual.

Como utilizar:

          Verifique a integridade da bureta. Buretas com a ponta quebrada, interferem na exatidão da medição do volume. Utilize uma bureta compatível com o volume estimado a ser gasto na titulação. Fixe-a em um suporte universal, com auxílio de garras.

          A parte da garra que entra em contato com a bureta pode ser siliconada, emborrachada, com pintura epóxi ou metálica. No caso de ser metálica, envolva-a em um pedaço de gaze ou algodão, para garantir uma melhor fixação e impedir que a bureta escorregue. Ambiente a Bureta (este procedimento permite que sejam removidos interferentes e sujidades que por ventura possam estar no interior da bureta, bem como remoção de excessos de detergentes e soluções de limpeza, caso a mesma não tenha sido efetuada).

          Para ambientar a bureta, verifique que a torneira encontra-se na posição fechada (a válvula encontra-se posicionada horizontalmente). Verta no bocal da bureta uma pequena quantidade da solução a ser utilizada, fazendo com que a mesma escorra em toda superfície interior da bureta. Não é necessário um grande volume de líquido, pode-se ser utilizado volume de solução equivalente a 10% do volume total da bureta. posicione um béquer no orifício de saída e aba a torneira (com cuidado, deve-se girar a válvula para posição vertical). Recolha o líquido no béquer, e se necessário, repita a operação, utilizando o líquido recolhido no béquer. A solução utilizada para ambientar a vidraria deve ser descartada. "Zere" a bureta (este procedimento garante a exata medição dos líquidos). Para zerar a bureta, verifique se a torneira encontra-se fechada (a válvula encontra-se posicionada horizontalmente). Verta no bocal da bureta quantidade da solução suficiente para ultrapassar a marcação zero da graduação.

          Posicione um béquer no orifício inferior da bureta. Abra a torneira (com cuidado, gire a torneira para a posição vertical), e aguarde a solução preencher a parte inferior da torneira com o líquido titulante. Importante, a parte inferior da bureta deve estar completamente preenchida, pois a mesma está inclusa no cálculo do volume expresso na graduação da vidraria. Verifique se não há bolhas na bureta, tanto na parte superior, quanto inferior da torneira. Por fim, ajuste o menisco da solução na graduação zero da proveta, dispensando ou adicionando mais solução, conforme for necessário.

          Realize a titulação e anote o volume gasto. Para titular novamente, basta adicionar mais solução titulante e ajustar novamente o menisco. Após a titulação, recolha com um béquer a solução titulante do interior da bureta e descarte-a corretamente. Esta solução não deve retornar ao frasco de solução pois pode conter contaminantes e contaminar o restante da solução. Após o uso, enxágue imediatamente a bureta, evitando assim que partículas da solução seguem em seu interior, dificultando a limpeza.

Variações comuns:

          O vidro pode ser translúcido ou âmbar. A torneira de vidro ou teflon. A graduação varia entre 0,1 e 0,5 mL. Os volumes de buretas mais utilizados são de 25 e 50 mL, porém encontra-se no mercado variações entre 5 mL e 100 mL.

Limpeza:

Imediatamente após o uso, com a bureta ainda na haste universal, enxágüe-a com alguns mililitros de água, coletando a porção na parte inferior da bureta. Descarte o líquido coletado e o excesso de titulante na bombona de resíduo adequado.

Após, desacople a bureta e utilize um lavador de buretas para limpeza, ou proceda de forma manual. Proceder limpeza com água e sabão em água corrente, com posterior enxágue em água destilada. Se necessário utilizar soluções de limpeza específicas. Caso sejam utilizadas soluções de limpeza alcalinas, não permita que o contato da vidraria com a solução ultrapasse 5 minutos, pois poderá afetar a precisão da vidraria.

          A vidraria deve ser seca a temperatura ambiente, e não deve ser submetida a aquecimento. A secagem pode ser efetuada fixando a bureta de forma invertida na haste universal, deixando a torneira aberta para facilitar o escoamento de líquidos de seu interior. Caso a torneira seja desmontada durante o processo, atente para a forma correta de remontá-la (primeiramente encaixe a parte central da torneira, e verifique se o orifício localizado no meio da torneira coincide com o gargalo da bureta e permitirá a passagem de líquidos.

          Posteriormente, encaixe na torneira o anel de borracha, posteriormente a arruela plástica e por fim a porca plástica. Regule a pressão exercida pela porca, de modo que permita a manipulação da torneira para abrir e fechar o fluxo durante a titulação, de forma confortável, mas que impeça o vazamento do titulante pelas laterais da torneira.

EPI's e cuidados de segurança:

        Utilizar EPI conforme recomendação da análise. Sempre verifique a integridade física da vidraria antes do uso. Vidrarias com fissuras ou rachaduras devem ser descartadas. Cuidado ao manusear a bureta, para não bater nenhuma de suas extremidades na bancada.

Cuidados Gerais:

          Não utiliza buretas com a ponta danificada, pois interferem no volume de medição. Antes de iniciar a análise, certifique-se de que a bureta encontra-se devidamente fixada na haste universal, e que a torneira encontra-se fechada.