Vidrarias de laboratório são, em sua maioria, instrumentos que visam permitir e facilitar a prática de experimentos.
São fabricadas principalmente em vidro temperado, mas podem ainda ser confeccionadas em plástico, porcelana ou em metal. Podem possuir medidas precisas como no caso das vidrarias volumétricas, medidas aproximadas, no caso das vidrarias graduadas ou ainda serem apenas auxiliares durante uma análise.
Funis são utilizados na transferência e filtração de líquidos e suspensões. Quando a viscosidade do líquido é elevada ou ainda quando se faz necessário maior eficiência e velocidade no procedimento de filtração, utiliza-se a filtração a vácuo, realizada com auxílio de um kitassato e um formador de vácuo.
No processo de filtração também é importante observar os tipos de papel filtro e sua correta aplicação.
Descrição:
Funil geralmente confeccionado em porcelana podendo ser também de vidro ou plástico, utilizado em filtrações sob pressão reduzida (vácuo). No topo, apresenta uma zona cilíndrica com uma base perfurada (tipo peneira) que permite, em conjunto com um filtro, normalmente de papel, reter o sólido durante o processo de filtração. Utilizado em conjunto com o kitassato. O Vácuo pode ser provocado por uma bomba de sução (bomba de vácuo) ou ainda por trompa de vácuo.
Aplicação:
Utilizado para filtração a vácuo. Para filtrações rápidas ou de líquidos com muitos sólidos em suspensão. Indicado também para filtração de líquidos viscosos.
Como utilizar:
Acoplar a base do funil buchner em uma rolha de borracha, silicone ou cortiça. Dentre estas, a cortiça é a menos recomendada, pois resseca com facilidade, podendo prejudicar a formação da pressão reduzida. Introduzir a rolha com o funil no bocal do kitassato, e conectar o mesmo a fonte de vácuo.
O papel filtro a ser utilizado deve possuir o diâmetro interno da boca do funil, pois deve encaixar perfeitamente para melhor eficiência. Ligue a fonte de vácuo e inicie a filtração dispondo o líquido na região central do funil, evite o contato com as laterais do mesmo caso objetivo da análise seja a retenção do sólido.
Caso haja deficiência na formação da pressão negativa, verifique a conexão com a rolha e se o papel está cobrindo completamente o fundo do funil e se não apresenta rugosidades.
Não utilize o vácuo demasiadamente forte, pode ocorrer o rompimento do papel filtro.
Variações comuns:
O tamanho do funil de bucnher é dado pelo seu diâmetro interno. Possui ampla variação de tamanhos, porém os mais comuns ficam entre 47 mm e 200 mm.
Limpeza:
Proceder a limpeza com água e sabão em água corrente, com posterior enxágue em água destilada. Se necessário utilizar soluções de limpeza específicas. Pode ser seco a temperatura ambiente ou em estufa.
Caso sejam utilizados para análise de óleos e graxas, lavar também com solução desengordurante de KOH alcoólico, e após a lavagem não tocar com as mãos na parte interior do funil.
EPI's e cuidados de segurança:
Deve se utilizar óculos de proteção durante o manuseio da pressão negativa, pois há risco de implosão.
Cuidados Gerais:
O funil de Büchner foi inventado pelo químico alemão Eduard Büchner (1860-1917), que recebeu o prêmio Nobel de Química em 1907 pela descoberta do processo de fermentação na ausência de células vivas.